A fraude foi descoberta quando um médico viu a própria assinatura no documento. Na casa de um dos envolvidos, foram apreendidos um carimbo e um talonário da Secretaria de Saúde
Publicação: 07/08/2013 16:04 Atualização: 07/08/2013 17:11
Dois Guardas Municipais foram presos na manhã desta quarta-feira suspeitos de envolvimento em falsificação de atestados médicos em Uberaba, na Região do Triângulo Mineiro. De acordo com a Polícia Militar(PM), a fraude foi descoberta quando um dos guardas entregou o documento a um médico perito na Casa do Servidor, para que fosse liberado para retornar às atividades. O médico se surpreendeu quando viu o próprio nome e assinatura no papel, que teria partido de uma unidade de saúde em que ele nem mesmo atende.
Ao perceber a falsidade do atestado entregue pelo guarda André Luiz da Silva Junior, de 27 anos, o médico acionou a PM. O suspeito alegou que foi atendido na UPA São Benedito. No local, militares verificaram que não havia nenhum profissional de saúde com o referido nome e que o homem não foi atendido na data indicada.
Ao ser questionado, o suspeito informou que conseguiu o atestado carimbado e assinado com outro guarda municipal, Leonardo Lamboglia, de 26 anos. Desta forma, a PM e o Comando da Guarda Municipal foram até a UPA do Parque do Mirante, onde o segundo suspeito estava trabalhando. Ele negou qualquer envolvimento com o caso, mas confirmou o amigo André Luiz teria deixado alguns pertences na casa dele, como um carimbo em nome do médico e um talonário da Secretaria de Saúde tipo receituário com 10 folhas.
Ainda segundo a PM, Leonardo informou que o receituário estava sendo utilizado para a compra de anabolizantes no comércio de Uberaba. Os materiais foram apreendidos e os dois suspeitos foram foram levados para à delegacia de Polícia Civil de Uberaba. Como não houve flagrante, os dois foram liberados, mas o inquérito policial foi aberto.
Segundo a assessoria de comunicação da Prefeitura de Uberaba, André Luiz é servidor da Guarda Municipal por meio de um processo seletivo temporário e Leonardo é concursado, mas está em período probatório. Um processo administrativo também foi aberto para que os dois respondam pelo ocorrido.
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