O agente chegou a ser socorrido, mas morreu antes de chegar ao hospital. Segundo a PM, um dos presos morreu decapitado

postado em 11/09/2017 10:13
/ atualizado em 11/09/2017 12:49

A
rebelião no Centro de Prisão Provisória de Luziânia (CPP), no Entorno
de Brasília, terminou após 10 horas do início do motim. Os detentos se
renderam por volta das 10h desta segunda-feira (11/9), depois da entrada
do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no local. Durante a rebelião,
um agente penitenciário foi atingido na perna e, apesar de socorrido,
não resistiu ao ferimento e morreu antes de chegar ao hospital. Três
detentos também morreram, um deles decapitado e outro queimado.
Inicialmente, a PM havia informado que três detentos haviam morrido. Não
há informações sobre feridos na rebelião.
De
acordo com o delegado da Polícia Civil que acompanhou a rebelião,
Maurício Passerini, o motim aconteceu em retaliação à delação de um dos
presos sobre um plano de fuga do presídio. "A princípio, segundo
informações do sistema penitenciário, os presos (que foram assassinados)
teriam delatado uma fuga. Com isso, essa fuga foi frustrada e, em
represália, os detentos escolheram seus desafetos e começaram a
barbárie", afirmou.
O
homem tido como principal responsável pela delação foi encontrado sem a
cabeça e as pernas, além de estar com o tórax aberto. Segundo o
delegado, ele também teve o corpo queimado e teve até o fígado
arrancado.
No
início da manhã, os presos reivindicaram a presença da imprensa para
libertar os reféns. Eles também pediam o julgamento de suas penas — já
que a maioria é preso provisório —, melhor qualidade da alimentação e
uma solução para o problema de superlotação.

O
CPP fica em uma área residencial de Luziânia, próximo ao terminal
rodoviário da cidade. O Batalhão da Polícia Militar (Bope) isolou todo o
entorno do presídio, mas, revoltada, a população chegou a invadir a
área retrita. O local tem capacidade para 148 pessoas, mas abrigava 348
detentos.
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