O deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara, entrou nesta segunda-feira (7) com pedido de licença por 60 dias, sem remuneração, sob a justificativa de que irá “tratar de interesses particulares”. A licença vai de 7 de abril a 5 de junho. O pedido acontece em meio a denúncias e pedidos de investigação sobre a ligação de Vargas com o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal.
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Reportagem da Folha de S.Paulo publicada na semana passada, diz que Vargas usou um avião contratado por Youssef para uma viagem a João Pessoa. Segundo o jornal, o empréstimo da aeronave foi discutido entre os dois por mensagem de texto no início de janeiro. Neste fim de semana, a revista "Veja" trouxe reportagem com troca de mensagens entre os dois e há suspeitas de que atuavam juntos para fechar um contrato com o Ministério da Saúde. Ao se explicar por meio de nota, o parlamentar disse que é amigo de Youssef, mas negou envolvimento com irregularidades.
O cargo de 1º vice-presidente da Câmara ficará vago nesse período e as tarefas do cargo podem ser designadas a qualquer membro da Mesa Diretora. Para compor o quórum da Mesa Diretora, será chamado o 1º do colegiado, deputado Gonzaga Patriota (PSB-PE).
Youssef está preso desde o dia 17 pela Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal em seis Estados e no Distrito Federal. Mais de 20 pessoas foram presas suspeitas de participar do esquema de lavagem de dinheiro que, segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), movimentou mais de R$ 10 bilhões. Um dos presos foi o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.
Com Agência Câmara
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