PUBLICADO EM 24/07/13 - 18h13
Madri, Espanha. Pelo menos 60 pessoas morreram e outras 135 ficaram feridas – 20 delas em estado grave – ontem depois que um trem de passageiros descarrilou nas proximidades da estação de Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha. É o pior acidente ferroviário na Espanha dos últimos 40 anos, segundo o “El País”. “A cena é muito chocante. Um dos vagões foi imprensado por outro, e os serviços de emergência ainda não conseguiram entrar nele”, disse o presidente da comunidade autônoma da Galícia, Alberto Núñez Feijóo, à rádio Cadena Ser.
O trem, do serviço Alvia, seguia da capital Madri para Ferrol, na comunidade autônoma da Galícia. O acidente aconteceu por volta das 20h41 locais (15h41 em Brasília), quando a composição, com 218 passageiros, descarrilou ao passar por uma curva acentuada.
Desgovernada, a composição do trem bateu em um dos pilares que cobrem um viaduto em Angrois, a 4 km de Santiago. Com o impacto, os vagões capotaram, sendo que seis ficaram na linha férrea e outros quatro caíram em uma rua vizinha. Alguns deles pegaram fogo, assim como uma das locomotivas, que tombou em um muro de contensão. Uma grande nuvem de fumaça foi formada e pôde ser vista a quilômetros de distância.
Não havia informações sobre as causas do acidente. Equipes da polícia e dos bombeiros buscavam feridos que poderiam estar presos na composição. Não foram revelados os nomes das vítimas nem havia informações sobre vítimas estrangeiras.
Devido ao acidente, a comunidade autônoma da Galícia cancelou as festividades do Dia de São Tiago, principal festa religiosa da cidade, que aconteceriam hoje. Santiago de Compostela é um grande centro de peregrinação católica e um dos principais pontos turísticos da Espanha.
Tragédia
- O presidente Mariano Rajoy seguiria hoje para Santiago de Compostela.
- O rei Juan Carlos 2º prestou condolências às famílias das vítimas.
- Passageiros afirmam que passaram momentos de terror após o acidente, em especial porque alguns dos vagões capotaram.
“O trem começou a capotar na curva. Muita gente ficou presa”, disse Ricardo Montero à rádio Cadena Ser.
Agência Estado
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