Cláudio Cassimiro Dias *
As manifestações de Policiais
Militares em prol da recomposição salarial e valorização dos profissionais da
segurança pública têm se constituído como marcos importantes na luta por
direitos trabalhistas e reconhecimento no Brasil, particularmente em Minas
Gerais. Entre essas mobilizações, o movimento reivindicatório de 1997
destaca-se como um ponto de inflexão histórico, quando os militares mineiros se
levantaram em busca de melhorias salariais e de trabalho, marcando
profundamente a trajetória de lutas da categoria, inclusive com a morte do Cabo
Valério. Este movimento não foi um episódio isolado, mas sim parte de uma série
contínua de esforços para garantir que as vozes desses profissionais sejam
ouvidas e suas demandas, atendidas.
As reivindicações dos Policiais
Militares, Bombeiros Militares e de outros profissionais da segurança pública,
como, Policiais Civis Policiais Penais, Agentes Socioeducativos, Pensionistas e
Servidores Administrativos por recomposição salarial têm sido uma constante,
diante das perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos anos. Essa demanda por
justiça salarial reflete a necessidade de assegurar que esses servidores possam
manter sua qualidade de vida, sem perder poder de aquisição. A valorização
destes profissionais é fundamental, não apenas como reconhecimento do seu papel
crítico na sociedade, mas também para garantir que possam prover para suas
famílias com dignidade e tranquilidade.
As mobilizações ocorridas em
Belo Horizonte, especialmente na Assembleia Legislativa e na Cidade
Administrativa, são exemplos claros da disposição da categoria em lutar por
seus direitos. Esses eventos reuniram centenas de profissionais da segurança
pública, que deixaram suas casas e famílias, muitas vezes enfrentando condições
adversas, para fazer ouvir suas vozes e demandas por um tratamento justo e
equitativo por parte do governo estadual.
A necessidade de o governo
recompor as perdas inflacionárias dos servidores da segurança pública é mais do
que uma questão de justiça salarial; é uma questão de garantir a estabilidade e
a segurança da própria sociedade mineira. Profissionais valorizados e com
condições dignas de trabalho são mais capazes de servir à população com
eficiência, dedicação e, sobretudo, com a tranquilidade que vem da certeza de
que suas próprias necessidades e das suas famílias estão sendo atendidas.
A recomposição salarial e a valorização dos profissionais da segurança pública são, portanto, imperativos não apenas para a manutenção da qualidade de vida desses servidores, mas também para a eficácia da segurança pública como um todo. A história de lutas e mobilizações em Minas Gerais demonstra o compromisso desses profissionais não só com suas próprias condições de trabalho, mas também com a segurança e o bem-estar da sociedade mineira. Como a recomposição das perdas inflacionárias, e de recomposição salarial, por previsão legal, é de iniciativa do Poder Executivo, é fundamental que o governo estadual reconheça essa realidade e atue de forma decisiva para atender a essas demandas, garantindo assim um futuro mais justo e seguro para todos os mineiros, afinal tudo se reflete no cidadão mineiro, e nos que circulam por nossa Minas Gerais.
* Cláudio Cassimiro Dias, Bacharel em
Direito, Pós Graduado em Criminologia, Militar da Reserva.
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