Moradores da Cidade de Deus, no Rio, relatam mais tiros nesta segunda
Comunidade tem terceiro consecutivo dia de operações.
Quatro policiais militares morreram na queda de uma aeronave no sábado.
Moradores da Cidade de Deus, na
Zona Oeste do Rio, passaram mais uma madrugada ao som de tiros. Como
mostrou o Bom Dia Rio desta segunda-feira (21), esse é o terceiro dia
consecutivo de operações da polícia na região.
Apesar
de reforço na segurança desde sábado na comunidade, imagens feitas pelo
Globocop na manhã desta segunda ainda mostravam a presença de algumas
barricadas no interior da Cidade de Deus.
Na madrugada de domingo (20), três pessoas foram presas e outra ficou ferida durante uma operação policial. PMs de vários batalhões e policiais civis também participaram da operação. A ação começou nas primeiras horas do dia e foi determinada após a queda de um helicóptero da Polícia Militar que participava de uma operação na comunidade no sábado (19). Os quatro policiais que ocupavam a aeronave morreram no acidente.
Além
dos presos - um homem com armas, um com trouxinhas de maconha e outro
com um rádiotransmissor - outros três foram levados para a delegacia
para averiguações.
Após a queda do helicóptero, autoridades de segurança se reuniram no Centro Integrado de Comando e Controle. Participara
desse encontro o secretário de Segurança, Roberto Sá, o
comandante-geral da Polícia Militar, Wolney Dias, e o chefe da Polícia
Civil, Carlos Leba. Após a reunião, Roberto Sá lamentou as mortes e
determinou que começasse, imediatamente, uma operação na Cidade de Deus
que não tem data pra acabar.
Moradores encontraram 7 corpos na comunidade
Ainda no domingo, à tarde, a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil foi acionada e foi para a comunidade após moradores encontrarem sete corpos numa zona de mata da região. Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, moradores disseram que as vítimas foram executadas e havia marcas de tiros nos cadáveres.
Ainda no domingo, à tarde, a Delegacia de Homicídios da Polícia Civil foi acionada e foi para a comunidade após moradores encontrarem sete corpos numa zona de mata da região. Segundo informações publicadas pelo jornal O Globo, moradores disseram que as vítimas foram executadas e havia marcas de tiros nos cadáveres.
De
acordo com a Polícia Civil, um procedimento foi instaurado na Delegacia
de Homicídios para apurar as sete mortes e as circunstâncias nas quais
ocorreram, que ainda estão sendo investigadas.
Corpos são encontrados em mata (Foto: Luciano Belford / Framephoto / Estadão Conteúdo)
Imagens
áereas feitas pelo GloboCop mostravam policiais em vários pontos da
comunidade na manhã deste domingo, com apoio de um veículo blindado, e
uma barricada em chamas. O policiamento estava reforçado também nos acessos à comunidade durante a manhã.
Na
entrada pela Estrada do Cabinal nem moradores entravam de carro e, os
que saíam, tinham os veículos revistados. A opção era dar a volta pela
Edgar Werneck.
Acesso à Cidade de Deus pela Estrada do Gabinau é fechado durante operação da PM (Foto: Alessandro Ferreira/G1)
Participavam
da operação, liderada pelo Comando de Operações Especializadas (COE),
homens de diversos batalhões da PM. A ação foi determinada durante
reunião emergencial, realizada na noite de sábado no Centro Integrado de
Comando e Controle, da Secretaria de Segurança Pública com a cúpula da
PM e a chefia da Polícia Civil.
O Centro de
Operações da Prefeitura do Rio informou que, por volta das 9h40, a Est.
Marechal Miguel Salazar Mendes de Moraes estava interditada, em ambos
os sentidos, devido a operação policial, entre a Rua Antonieta Campos da
Paz e a Rua Edgard Werneck.
A Rua Edgard
Werneck também estava interditada em ambos os sentidos, entre a Estrada
Marechal Migual Salazar Mendes de Moraes e a Rua Suzano. Estrada dos
Bandeirantes, Estrada do Gabinal e Linha Amarela eram opções.
Pms fazem operação na Cidade de Deus (Foto: Reprodução/TV Globo)
Imagem aérea mostra barricada em chamas na Cidade de Deus (Foto: Reprodução/TV Globo)
Helicóptero da PM do Rio cai e quatro policiais morrem (JN) (Foto: Globo)
Perícia inicial não aponta marca de tiros
Uma perícia inicial aponta que os corpos dos policiais militares que estavam no helicóptero da corporação que caiu na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, neste sábado (19), não tinham marcas de perfurações por arma de fogo, segundo informou Roberto Sá, secretário de Segurança do Rio de Janeiro. De acordo com Sá, a aeronave também não apresentava marcas de disparos.
Uma perícia inicial aponta que os corpos dos policiais militares que estavam no helicóptero da corporação que caiu na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, neste sábado (19), não tinham marcas de perfurações por arma de fogo, segundo informou Roberto Sá, secretário de Segurança do Rio de Janeiro. De acordo com Sá, a aeronave também não apresentava marcas de disparos.
"Quero lamentar profundamente e me solidarizar com as famílias de
todos. E dizer para os senhores que o laudo de necrópsia dos policiais
que estavam no helicóptero já saiu, a perícia foi muito rápida, muito
eficiente, não há perfuração por arma de fogo nos corpos, a perícia está
sendo feita pela DH [Delegacia de Homicídios], a perícia está sendo
feita pela Aeronáutica, na aeronave, até o momento, não se encontrou
nenhum tipo de perfuração, mas é muito cedo ainda para qualquer
conclusão", afirmou o secretário.
Quatro policiais mortos
Os corpos dos quatro policiais mortos chegaram por volta das 0h30 ao Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio. Identificados como Major Rogério Melo Costa, de 36 anos, capitão William de Freitas Schorcht, 37, subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39, e sargento Rogério Felix Rainha,39, eles morreram na hora com a queda do helicóptero.
Os corpos dos quatro policiais mortos chegaram por volta das 0h30 ao Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio. Identificados como Major Rogério Melo Costa, de 36 anos, capitão William de Freitas Schorcht, 37, subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39, e sargento Rogério Felix Rainha,39, eles morreram na hora com a queda do helicóptero.
A queda ocorreu no começo da Avenida Ayrton Senna, perto do acesso à
Linha Amarela. A aeronave participava de uma ação do Comando de
Operações Especiais (COE) da PM em apoio à Unidade de Polícia
Pacificadora (UPP) local. Desde o começo do sábado, a Cidade de Deus foi
palco de intensos tiroteios entre criminosos e os policiais da UPP.
O momento em que o helicóptero começa a perder força foi filmada por pessoas que estavam nas proximidades. O coordenador de Comunicação Social da Polícia Militar, Major Ivan Blaz, disse no sábado que "tudo indica que o helicóptero fez um pouso forçado".
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) foi ao local para apurar as circunstâncias da queda da aeronave.
O momento em que o helicóptero começa a perder força foi filmada por pessoas que estavam nas proximidades. O coordenador de Comunicação Social da Polícia Militar, Major Ivan Blaz, disse no sábado que "tudo indica que o helicóptero fez um pouso forçado".
A Delegacia de Homicídios da Capital (DH) foi ao local para apurar as circunstâncias da queda da aeronave.
Em nota, o ministério da Justiça afirmou que o ministro Alexandre
Moraes colocou à disposição o efetivo da Força Nacional que está no Rio
para "prestar apoio na segurança pública da Cidade de Deus". Também
disse que o ministro está em contato direto com o Secretário de
Segurança Pública do Rio.
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