Era uma vez numa cidade bem pequena, onde havia um pequeno comércio de variedades. Neste comércio, o proprietário tinha apenas dois funcionários. Por ser uma cidade muito pequena, o lucro não era satisfatório com as vendas, com isso, pagava-se mal aos funcionários. Estes ganhavam a metade de um salário mínimo.
Certo
dia, o proprietário da lojinha, foi visitar um de seus funcionários que
estava doente. Mesmo com a falta dele no trabalho, o comércio não fora
prejudicado, pois havia poucos clientes. Nesta visita, o dono viu que
seu funcionário vivia muito mal. A casa era muito simples, havia poucos
móveis e ele tinha 5 filhos; o mais velho com apenas 10 anos de idade.
Somente o funcionário doente que trabalhava, logo toda família dependia
dele.
Depois
de ver aquilo, o proprietário pensou em aumentar o salário dos
funcionários, porém, viu que era impossível, pois teria mais prejuízos
que lucros se regulamentasse os direitos trabalhistas de todos. Isso o
deixou triste.
Pondo-se
a pensar com seus botões, na tentativa de encontrar uma melhor solução,
teve uma ideia simples. Lembrou-se de uma palestra sobre
empreendedorismo, na qual fora dito a expressão “participação nos
lucros”. Isto era comum em grandes empresas, mas em pequeníssimas
empresas nem era cogitado. Eis que pensou: se meus funcionários tiverem
participação nos lucros, pode ocorrer deles ganharem mais do que ganham
hoje.
A
ideia, que na prática, não mudaria nada na vida dos funcionários, mas
daria uma motivação a eles que poderia surtir efeito. Atualmente, eles
trabalham cumprindo suas funções roboticamente e sem motivação, sempre
sonhando em arrumar outro emprego ou irem embora para cidade grande. Com
essa ideia nova, talvez mude algo.
O
proprietário reuniu todos e propôs a ideia. Os dois funcionários iriam
trabalhar tendo por base o atual salário que ganham, quanto mais
venderem, mais retorno financeiro será acrescentado ao salário fixo
deles, percentualmente.
A
partir daí, os dois funcionários trabalhavam de forma diferente. Vários
amigos deles começaram a comprar na loja. O atendimento melhorou
absurdamente. Estavam sempre sorrindo a todos que entravam no
comercinho. Conheciam tudo sobre cada produto à venda. Aquele
funcionário que sempre adoecia, já gozava de uma saúde impressionante.
Um deles começou a divulgar a marca da loja nas pequenas cidades
vizinhas. Ideias de melhorias brotavam na cabeça deles, tudo para
aumentar as vendas.
Assim,
em pouco tempo, o pequeno comércio teve a necessidade de contratar mais
funcionários. Todos os candidatos ao emprego gostaram da ideia de
participação nos lucros. Vestir a camisa da lojinha significava um
trocado a mais.
Outros
pequenos empresários, ao verem o crescimento da lojinha, queriam saber
como aquilo ocorrera. O proprietário da lojinha reuniu todos os
comerciantes e políticos da cidadezinha para divulgar a ideia. Esta só
teria sucesso se todos participassem. Até que alguém cogitou a mesma
ideia para os funcionários da prefeitura, mas a oposição partidária
retrucou ferozmente.
TEXTO ASSINADO SOB O PSEUDÔNIMO DE "MILICO INTERIORANO"
TEXTO ASSINADO SOB O PSEUDÔNIMO DE "MILICO INTERIORANO"
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