Juliana Ferreira
Publicação: 23/02/2014 00:12 Atualização: 23/02/2014 07:54
Os suspeitos têm passagens por furto, roubo, ameaça, receptação, homicídio, tráfico de drogas e falsificação de placas de carros
|
Jovens
frios, perigosos e reincidentes no crime. Esse é o perfil dos três
suspeitos da morte do estudante de engenharia de produção Matheus
Salviano Botelho de Morais em um latrocínio no Bairro Gutierrez, Região
Oeste de Belo Horizonte, na noite de 7 de fevereiro. O trio, que faz
parte de uma quadrilha de roubo de carros, foi preso nesse sábado pela
Polícia Militar após perseguição na Região do Barreiro. Sem demonstrar
arrependimento, um deles, João Pedro Figueiredo Rocha, de 18 anos,
confessou a policiais participação no roubo, que “deu errado”. A Polícia
Civil, responsável pelas investigações, informou que já investigava o
trio. O chefe da Divisão de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia
Civil, Vanderson Gomes, informou que esperava a coleta de provas
suficientes para pedir a prisão deles.
Os suspeitos têm passagens por furto, roubo, ameaça, receptação, homicídio, tráfico de drogas e falsificação de placas de carros. João Pedro, que confessou o crime, fugiu do Centro de Internação Provisória Dom Bosco (Ceip), no Bairro Horto, Região Leste, em 8 de janeiro. Ele cumpria medida socioeducativa por ter matado o motorista de um ônibus que o fechou na Avenida Pedro II. Já Rafael Costa Andrade, de 25, aguarda julgamento por ter atropelado e matado um pedestre durante uma fuga na Avenida Portugal. O terceiro detido é Júlio César Soares, de 19.
Saiba mais...
Segundo o comandante do Batalhão de Rondas
Táticas Metropolitanas (Rotam), tenente-coronel Carlos Alberto do
Sacramento, eles foram presos após levantamento de informações com
vizinhos, no Barreiro. Alguns moradores disseram ter ouvido João Pedro
dizer que o roubo no Gutierrez havia dado errado. A namorada de um deles
também confirmou à PM que eles tiveram participação no crime. “Nós
ficamos com patrulhamento intenso na região. Hoje pela manhã, a PM se
deparou com veículo conduzido pelo João. Ele tentou fugir. Um veículo
Jetta com o Rafael dirigindo chegou”, conta. Houve perseguição e os três
foram presos. Em entrevista, João Pedro negou participação no crime e
disse que não confessou nada à polícia.
O estudante Matheus Morais foi morto depois de visitar um amigo que se recuperava de uma cirurgia. Ele estacionou o carro, um Fiat Punto, na esquina das ruas Almirante Tamandaré e Estácio de Sá, no Gutierrez. Quando voltou, foi abordado por assaltantes. Testemunhas de um prédio contaram que o rapaz não reagiu, mas mesmo assim foi atingido por três tiros. A suspeita é que o carro dele tenha sido encomendado para a quadrilha dos jovens presos.
Alívio
A família de Matheus acompanha de perto as investigações e se diz aliviada após a notícia da prisão. Andréia Fonseca, prima do estudante, conta que os familiares nunca perderam a esperança de que os culpados fossem encontrados. “A gente agora quer que a justiça seja feita. Se Deus quiser, para que não façam mais com família nenhuma o que fizeram com a gente”, desabafa. Ela diz que, após o crime, seus parentes se sentem inseguros e não querem mais sair de casa. “De uma forma geral, a gente está vivendo uma situação complicada. A coisas precisam ser revistas. Essas pessoas que cometem crimes precisam entender que a sociedade está cansada, que não queremos perder mais ninguém. O Matheus não volta mais. Mas e os outros Matheus?”, concluiu.
O estudante Matheus Morais foi morto depois de visitar um amigo que se recuperava de uma cirurgia. Ele estacionou o carro, um Fiat Punto, na esquina das ruas Almirante Tamandaré e Estácio de Sá, no Gutierrez. Quando voltou, foi abordado por assaltantes. Testemunhas de um prédio contaram que o rapaz não reagiu, mas mesmo assim foi atingido por três tiros. A suspeita é que o carro dele tenha sido encomendado para a quadrilha dos jovens presos.
Alívio
A família de Matheus acompanha de perto as investigações e se diz aliviada após a notícia da prisão. Andréia Fonseca, prima do estudante, conta que os familiares nunca perderam a esperança de que os culpados fossem encontrados. “A gente agora quer que a justiça seja feita. Se Deus quiser, para que não façam mais com família nenhuma o que fizeram com a gente”, desabafa. Ela diz que, após o crime, seus parentes se sentem inseguros e não querem mais sair de casa. “De uma forma geral, a gente está vivendo uma situação complicada. A coisas precisam ser revistas. Essas pessoas que cometem crimes precisam entender que a sociedade está cansada, que não queremos perder mais ninguém. O Matheus não volta mais. Mas e os outros Matheus?”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário