FOTO: ANGELO PETTINATI
José Honorato e José Osmar ajudaram a salvar o pedreiro José Anselmo da Silva, que está hospitalizado
Um
pedreiro ficou mais de 15 horas preso dentro de um bueiro, no bairro
Aarão Reis, na região Norte de Belo Horizonte. Ele foi resgatado ontem
pelo Corpo de Bombeiros. José Anselmo da Silva, de 47 anos, teria sido
jogado no buraco com mais de 5 m de profundidade por dois ladrões, no
início da noite de anteontem, e só foi socorrido depois que o caseiro de
uma chácara vizinha ao terreno onde fica o poço escutou gritos de
socorro.
O ataque sofrido por Silva causou espanto nos moradores da região. O pedreiro seria morador do bairro Santo André, na região Noroeste da capital, e teria ido até o bairro Aarão Reis para visitar um amigo, quando foi atacado por dois adolescentes. "Ele falou que havia acabado de descer de um ônibus quando foi rendido pelos assaltantes", contou o caseiro José Osmar Nunes, de 38 anos.
Silva teria dito que teve a carteira e o telefone celular roubados e foi obrigado a acompanhar os jovens do ponto de ônibus até um beco. Em seguida, ele e os ladrões passaram por uma cerca de arame farpado e, dentro de um lote vago, o pedreiro recebeu ordens para tirar a camisa. "Ele disse que eles abriram a tampa do bueiro e o empurraram para dentro buraco", contou Nunes.
Na queda, Silva sofreu diversas escoriações. No entanto, mesmo ferido, ele não pediu por socorro imediatamente. O pedreiro teria esperado até a manhã do dia seguinte para gritar por ajuda, já que depois de tampar o bueiro novamente, os suspeitos teriam permanecido no local conversando por alguns minutos. O homem teria dito à Polícia Militar (PM) que pensou que os criminosos não haviam ido embora e que ainda poderia ser assassinado por eles.
Ajuda
Na manhã de ontem, Nunes estava na cozinha de casa quando ouviu gritos abafados. "Eu ouvi alguém pedindo socorro, mas a voz parecia muito distante e achei que fosse algum bêbado fazendo graça na rua. Não dei importância, mas depois os gritos continuaram e eu saí no quintal para ver o que era", explicou o caseiro. "Eu andei pelo terreno e não vi ninguém. Olhei na fossa da casa e já estava desistindo quando percebi que o rapaz estava na parte de trás da chácara", completou.
Nunes atravessou a cerca, porém, no lote vizinho, também não encontrou ninguém. Intrigado, ele contou que parou ao lado do bueiro e gritou: "Onde você está?". Só aí o mistério acabou solucionado. "Na mesma hora ele respondeu: "Aqui, dentro do bueiro!". Eu quase morri de susto", declarou o caseiro, com bom humor. Nunes, então, abriu o bueiro e, em seguida, saiu para pedir a ajuda de outro vizinho.
O ataque sofrido por Silva causou espanto nos moradores da região. O pedreiro seria morador do bairro Santo André, na região Noroeste da capital, e teria ido até o bairro Aarão Reis para visitar um amigo, quando foi atacado por dois adolescentes. "Ele falou que havia acabado de descer de um ônibus quando foi rendido pelos assaltantes", contou o caseiro José Osmar Nunes, de 38 anos.
Silva teria dito que teve a carteira e o telefone celular roubados e foi obrigado a acompanhar os jovens do ponto de ônibus até um beco. Em seguida, ele e os ladrões passaram por uma cerca de arame farpado e, dentro de um lote vago, o pedreiro recebeu ordens para tirar a camisa. "Ele disse que eles abriram a tampa do bueiro e o empurraram para dentro buraco", contou Nunes.
Na queda, Silva sofreu diversas escoriações. No entanto, mesmo ferido, ele não pediu por socorro imediatamente. O pedreiro teria esperado até a manhã do dia seguinte para gritar por ajuda, já que depois de tampar o bueiro novamente, os suspeitos teriam permanecido no local conversando por alguns minutos. O homem teria dito à Polícia Militar (PM) que pensou que os criminosos não haviam ido embora e que ainda poderia ser assassinado por eles.
Ajuda
Na manhã de ontem, Nunes estava na cozinha de casa quando ouviu gritos abafados. "Eu ouvi alguém pedindo socorro, mas a voz parecia muito distante e achei que fosse algum bêbado fazendo graça na rua. Não dei importância, mas depois os gritos continuaram e eu saí no quintal para ver o que era", explicou o caseiro. "Eu andei pelo terreno e não vi ninguém. Olhei na fossa da casa e já estava desistindo quando percebi que o rapaz estava na parte de trás da chácara", completou.
Nunes atravessou a cerca, porém, no lote vizinho, também não encontrou ninguém. Intrigado, ele contou que parou ao lado do bueiro e gritou: "Onde você está?". Só aí o mistério acabou solucionado. "Na mesma hora ele respondeu: "Aqui, dentro do bueiro!". Eu quase morri de susto", declarou o caseiro, com bom humor. Nunes, então, abriu o bueiro e, em seguida, saiu para pedir a ajuda de outro vizinho.
Com água na altura do joelho e abalado
Quando
José Honorato, de 47 anos, foi avisado pelo vizinho que havia um homem
pedindo ajuda dentro de um bueiro, até pensou que fosse uma brincadeira.
"Ele estava tremendo muito. Eu, então, voltei em casa, telefonei para
os bombeiros, e busquei água e uma camisa para ele vestir", disse
Honorato.
O resgate de José Anselmo da Silva durou cerca de uma hora. Segundo os bombeiros, ele estava com a água na altura dos joelhos e com um princípio de hipotermia. Um militar teve que descer no bueiro para içar a vítima. Ele foi levado para o Hospital Odilon Behrens, passou por exames e só não recebeu alta na tarde de ontem, porque ainda estaria abalado psicologicamente. (VD)
O resgate de José Anselmo da Silva durou cerca de uma hora. Segundo os bombeiros, ele estava com a água na altura dos joelhos e com um princípio de hipotermia. Um militar teve que descer no bueiro para içar a vítima. Ele foi levado para o Hospital Odilon Behrens, passou por exames e só não recebeu alta na tarde de ontem, porque ainda estaria abalado psicologicamente. (VD)
Mecânico morre durante assalto
Um
jovem de 21 anos foi morto com dois tiros ao reagir a um assalto na
noite de anteontem na avenida Vilarinho, na região de Venda Nova, na
capital. O mecânico Haroldo Júnior de Lima Gonçalves chegava em casa com
a namorada quando foi abordado por um adolescente de 16 anos, que
tentou roubar sua moto, por volta das 23h. "O Haroldo reagiu, eles
brigaram e o menor acabou acertando um tiro no rosto e outro no peito
dele. A vítima morreu na hora. Já a namorada dele não teve ferimentos",
informou o sargento Rogério Santos, do 49º Batalhão da Polícia Militar.
Segundo testemunhas, o mecânico era uma pessoa calma e que só tentou se defender do assalto. "A moto era o único bem que ele possuía. Eu cheguei a escutar os disparos e me levantei. Quando fui até a rua, o vi caído", contou um vizinho, que pediu para não ter o nome divulgado.
Ainda segundo esse vizinho, a namorada do mecânico ficou em pânico. "Ela não parava de chorar um minuto. Estava inconformada com o fato e também me disse que o Haroldo reagiu para defendê-la", contou.
Após o crime o suspeito fugiu a pé, mas foi perseguido pela polícia e acabou apreendido. Com ele, a polícia apreendeu um revólver calibre 38 utilizado no crime. Um comparsa do adolescente, que inicialmente se apresentou à polícia como vítima do rapaz, também foi preso. A identidade dele não foi informada pela PM. "O adolescente disse que não queria matá-lo, mas se assustou com a reação do Haroldo", disse Santos.
Os dois suspeitos foram encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH). (Jhonny Cazetta)
Segundo testemunhas, o mecânico era uma pessoa calma e que só tentou se defender do assalto. "A moto era o único bem que ele possuía. Eu cheguei a escutar os disparos e me levantei. Quando fui até a rua, o vi caído", contou um vizinho, que pediu para não ter o nome divulgado.
Ainda segundo esse vizinho, a namorada do mecânico ficou em pânico. "Ela não parava de chorar um minuto. Estava inconformada com o fato e também me disse que o Haroldo reagiu para defendê-la", contou.
Após o crime o suspeito fugiu a pé, mas foi perseguido pela polícia e acabou apreendido. Com ele, a polícia apreendeu um revólver calibre 38 utilizado no crime. Um comparsa do adolescente, que inicialmente se apresentou à polícia como vítima do rapaz, também foi preso. A identidade dele não foi informada pela PM. "O adolescente disse que não queria matá-lo, mas se assustou com a reação do Haroldo", disse Santos.
Os dois suspeitos foram encaminhados para o Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional (CIA/BH). (Jhonny Cazetta)
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