A mim pareceu-me desproporcional a reprimenda verbal que a
Juiza aplicou ao Capitão da Polícia Militar, pois o Policial estava sentado
prestando seu testemunho como de praxe é feito pelos policiais militares ou
civis em audiência e em julgamentos e de repente o tal Dr Quarentena, quer
dizer Dr Quaresma provocou o Policial e ainda tentou dizer que o mesmo não é Capitão
para fins de Justiça, pelo que me consta o Policial é Policial até dentro do
banheiro fazendo necessidades fisiológicas, imaginem então se o Capitão não é Capitão
dentro de um Tribunal.
Pelo que me consta Policial é Policial independente de onde
esteja, tanto é que tem o dever de agir de folga ou de serviço.
No caso do Capitão ele só estava ali como testemunha exatamente
em virtude de sua função de Policial e de Oficial da PMMG.
O que ocorreu foi um advogado desrespeitando a testemunha, o
policial, o cidadão, e, sobretudo a Corporação Polícia Militar, pois o que ele
fez com o Capitão da PM, poderia ser feito com o Tenente, o Sargento, o
Soldado, o Coronel, o Subtenente, o Tenente Coronel, o Cabo e o Major, com o Delegado,
com o Inspetor, com o Escrivão, o Agente , o Detetive ou qualquer outro profissional
de segurança pública que ali estivesse depondo como testemunha.
Tanto é que o Promotor de Justiça, cônscio de seus deveres e
defensor da lei disse que o Capitão é Capitão sim, lá no Tribunal e em qualquer
lugar. O que o Promotor fez foi
exatamente afirmar o que é o óbvio. E de maneira estranha a Meritíssima Juiza
passou a admoestar o Policial, quando quem estava provocando aquela situação
deplorável era o Dr Quaresma. A Juiza ainda interpelou o Promotor de Justiça e
admoestou novamente o Capitão da Polícia Militar.
Faltava só o Tal Dr Quaresma “cagar” na boca do Policial,
pois dedo em riste apontado no rosto do Policial ele fez, insultou o Policial,
menosprezou a função do Policial e ainda em tom de desafio desfez da própria
legislação a qual ele, Dr Quaresma diz ser seguidor.
Com relação ao envolvimento do Dr
Quaresma com o “crack” isso todo mundo já sabe, e sabemos também os efeitos
dessa droga no organismo e mente dos usuários.
Entretanto, entre o Policial
exercendo sua função de testemunha e o Advogado que na minha opinião exacerbou
nas palavras e ofensas. Eu fico com o Policial.
Ah! Aliás é bom que o Dr Quaresma
saiba que o Oficial possui Carta Patente assinada pelo Governador do Estado e os
Praças de Polícia são Concursados, e portanto, são sim Policiais em qualquer
situação.
Torço porem, que a situação não se
repita, mas eu penso que a reprimenda deveria ser dirigida ao Advogado, e não
ao Oficial da Polícia Militar e ao Promotor de Justiça (Representante do
ministério Público), pois vejo a ação do Policial respaldada, no mínimo,
amparada pela violenta emoção, após injusta provocação, enquanto o Dr Quaresma
criou a situação desconfortável e infeliz.
O Policial foi tratado pior que
animal quando deveria ser aplaudido pelas horas e vezes que já arriscou a vida
para salvar a vida das pessoas, noites acordadas para proteger a sociedade, o
afinco no trabalho cotidiano enfrentando marginais e, sobretudo evitar que
estupros como o ocorrido e objeto do julgamento se espalhem no seio da
sociedade.
Como se não bastasse hoje os
delinquentes matam, roubam agridem e atropelam pessoas idosas, assaltam
comerciantes, invadem residências, estupram, e degolam jovens simplesmente para
levar o celular da vitima.
Na verdade, o que assistimos é uma
inversão de valores que muito deveria preocupar os cidadãos, pois da maneira
que está, tenho medo de como ficará.
E tenho dito.
CLÁUDIO CASSIMIRO DIAS, Criminólogo,
Bacharel em Direito e História, Acadêmico Efetivo Curricular da Academia de
Letras da PMMG, Pesquisador e Palestrante.
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