Prefeito de Caratinga e secretários podem ser afastados do cargo após esquema de propina MP ofereceu denúncia sobre troca de favores entre quatro vereadores e o Executivo municipal para garantir apoio na aprovação de projetos de lei. Cada parlamentar recebeu até R$ 20 mil no esquema
Patrícia Scofield -
Publicação: 01/03/2012 08:45 Atualização: 01/03/2012 11:17
Patrícia Scofield -
Publicação: 01/03/2012 08:45 Atualização: 01/03/2012 11:17
Prefeito de Caratinga, João Bosco, participou de esquema para garantir apoio na Câmara Municipal |
O Ministério Público em Minas Gerais (MP) pede à Justiça o afastamento do prefeito do município de Caratinga, João Bosco Pessine (PT), da secretária de Planejamento e Fazenda, Angelita Carla Lelis, e de quatro vereadores do município. Isso porque segundo investigações feitas entre 2009 e 2011, houve esquema de propina para garantir apoio e aprovar projetos de lei favoráveis ao Poder Executivo, em troca de um pagamento mensal de R$15 mil a R$ 20 mil para cada um dos parlamentares envolvidos. Outros suspeitos, por exemplo o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo e o ex-chefe de Gabinete já foram exonerados, também a pedido do MP.
A ação do MP pede ainda que o prefeito, a secretária de Fazenda, o ex-secretário de Desenvolvimento e o ex-chefe de Gabinete paguem multa de R$ 313.974,00, cada um. Os demais envolvidos poderão ser condenados em quantias que variam de R$ 62 mil a R$ 146 mil. Além disso, todos devem perder direitos políticos por prazo de oito a dez anos.
Para os promotores Vanessa Ferreira, Daniel Rodrigues, Luciano de Oliveira e Paula Lopes, o afastamento é “indispensável” para evitar “interferências por meio de pressão e de ameaças direcionadas a servidores e eventuais testemunhas” ouvidas pelo MP, além de zelar pela credibilidade do Executivo municipal de Caratinga.
A ação do MP pede ainda que o prefeito, a secretária de Fazenda, o ex-secretário de Desenvolvimento e o ex-chefe de Gabinete paguem multa de R$ 313.974,00, cada um. Os demais envolvidos poderão ser condenados em quantias que variam de R$ 62 mil a R$ 146 mil. Além disso, todos devem perder direitos políticos por prazo de oito a dez anos.
Para os promotores Vanessa Ferreira, Daniel Rodrigues, Luciano de Oliveira e Paula Lopes, o afastamento é “indispensável” para evitar “interferências por meio de pressão e de ameaças direcionadas a servidores e eventuais testemunhas” ouvidas pelo MP, além de zelar pela credibilidade do Executivo municipal de Caratinga.
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Fonte: Estado de Minas.
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