quinta-feira, 8 de março de 2012

Médica acusada de morte de empresários vai a júri popular

Defesa de Gabriela Corrêa alegou que não há provas suficientes de seu envolvimento na tortura e execução de Rayder e Fabiano


Eugênio Moraes/Arquivo
Gabriela Corrêa Ferreira da Costa
Gabriela Corrêa Ferreira da Costa responde o processo em liberdade
A médica Gabriela Corrêa Ferreira da Costa, suspeita de participação na tortura e execução dos empresários Rayder Santos Rodrigues e Fabiano Ferreira Moura em abril de 2010, no Bairro Sion, zona Sul de Belo Horizonte, irá a júri popular. Nesta quinta-feira (8), a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou o pedido de defesa da acusada para que Gabriela não fosse levada a júri. A médica foi pronunciada em 12 de julho de 2011 pelo juiz sumariante do 2º Tribunal do Júri do Fórum Lafayette.

Ela sustentava que não havia provas suficientes de seu envolvimento com o crime. Alegou, ainda, que o fato de que a solicitação para que o advogado de um dos outros acusados fosse ouvido foi indeferida pelo juiz a prejudicou. No entanto, o relator do recurso, desembargador Eduardo Brum, afirmou que o desmembramento do processo, ocorrido em setembro de 2010, teve a finalidade de tornar a análise dos autos mais rápida e não obriga o julgador a escutar todos os acusados nem a permitir a participação de seus defensores nos interrogatórios.


Entenda o caso


Os dois empresários foram chantageados, torturados e decapitados, em um crime que teve repercussão nacional. Ao todo, oito pessoas foram indiciadas pela polícia e denunciadas pelo MPE por homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver, e formação de quadrilha.


A Justiça decretou a prisão preventiva de todos réus: o publicitário Frederico Costa Flores de Carvalho; a médica Gabriela Ferreira Corrêa Costa; o garçom Adrian Gabriel Gricorc; o advogado Luiz Astolfo Sales Bueno; o estudante de direito Arlindo Soares Lobo; e os cabos da PM Renato Mozer e André Luiz Bartolomeu. Frederico Flores foi apontado como o líder do bando.


O advogado Luis Astolfo Bueno, a médica Gabriela Ferreira e o pastor Sidney Benjamin respondem ao processo em liberdade. Se condenados, Frederico Flores, Gabriela Costa, Arlindo Lobo, Adrian Gricorcea e André Luiz Bartolomeu podem pegar até 50 anos de cadeia.


O crime ainda permanece cercado de mistérios. O maior deles é o destino das cabeças e dedos dos dois empresários, cujos corpos, carbonizados parcialmente, foram sepultados. Os responsáveis pelo sumiço das cabeças e dedos seriam os dois militares, mas eles nunca confessaram o crime.


Condenação


Em dezembro do ano passado, aconteceu o primeiro julgamento do caso. O ex-policial Renato Mozer foi condenado a 59 anos de prisão em regime fechado. Os processos relativos aos outros seis acusados foram remetidos ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).


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 Fonte: Hoje em Dia.

 
 
 

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