Médica acusada de morte de empresários vai a júri popular
Defesa de Gabriela Corrêa alegou que não há provas suficientes de seu envolvimento na tortura e execução de Rayder e Fabiano
Eugênio Moraes/Arquivo
Gabriela Corrêa Ferreira da Costa responde o processo em liberdade
Ela sustentava que não havia provas suficientes de seu envolvimento com o crime. Alegou, ainda, que o fato de que a solicitação para que o advogado de um dos outros acusados fosse ouvido foi indeferida pelo juiz a prejudicou. No entanto, o relator do recurso, desembargador Eduardo Brum, afirmou que o desmembramento do processo, ocorrido em setembro de 2010, teve a finalidade de tornar a análise dos autos mais rápida e não obriga o julgador a escutar todos os acusados nem a permitir a participação de seus defensores nos interrogatórios.
Entenda o caso
Os dois empresários foram chantageados, torturados e decapitados, em um crime que teve repercussão nacional. Ao todo, oito pessoas foram indiciadas pela polícia e denunciadas pelo MPE por homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver, e formação de quadrilha.
A Justiça decretou a prisão preventiva de todos réus: o publicitário Frederico Costa Flores de Carvalho; a médica Gabriela Ferreira Corrêa Costa; o garçom Adrian Gabriel Gricorc; o advogado Luiz Astolfo Sales Bueno; o estudante de direito Arlindo Soares Lobo; e os cabos da PM Renato Mozer e André Luiz Bartolomeu. Frederico Flores foi apontado como o líder do bando.
O advogado Luis Astolfo Bueno, a médica Gabriela Ferreira e o pastor Sidney Benjamin respondem ao processo em liberdade. Se condenados, Frederico Flores, Gabriela Costa, Arlindo Lobo, Adrian Gricorcea e André Luiz Bartolomeu podem pegar até 50 anos de cadeia.
O crime ainda permanece cercado de mistérios. O maior deles é o destino das cabeças e dedos dos dois empresários, cujos corpos, carbonizados parcialmente, foram sepultados. Os responsáveis pelo sumiço das cabeças e dedos seriam os dois militares, mas eles nunca confessaram o crime.
Condenação
Em dezembro do ano passado, aconteceu o primeiro julgamento do caso. O ex-policial Renato Mozer foi condenado a 59 anos de prisão em regime fechado. Os processos relativos aos outros seis acusados foram remetidos ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
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Fonte: Hoje em Dia.
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