Bate-boca entre médico e paciente
Dona de casa alega ter sido desrespeitada por um ortopedista durante uma consulta pelo SUS em Contagem
FOTO: FOTOS ALISSON GONTIJO
Direção do Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz, em Contagem, abriu processo administrativo para apurar o caso
O que era para ser uma simples consulta se transformou em bate-boca entre paciente e médico, com direito a gritos e palavrões, no Centro de Consultas Especializadas Iria Diniz, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. A Ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS) recebeu a denúncia e, junto com a prefeitura da cidade, prometeu apurar o caso. Foi a segunda briga envolvendo médico e paciente.
Conforme a dona de casa Silvana Gonçalves Salviano, de 42 anos, no último dia 10 de fevereiro, ela esteve no consultório do ortopedista Flávio Lisboa, de 38 anos. Ela retornava ao consultório, após um ano e quatro meses, para apresentar um ultrassom do ombro, onde sentia dores devido a uma tendinite. Ela também estava com um eletrograma que indicou uma doença em uma das mãos, conhecida como síndrome do túnel do carpo - quando o nervo que passa no punho fica sob pressão, provocando dormência e formigamento.
"Neste caso, ele (o médico) indicou uma cirurgia. No entanto, como eu fiz pilates, as dores diminuíram, tanto na mão quanto no ombro, e não precisei da intervenção", contou a dona de casa, que chegou a sugerir ao médico que o tratamento (pilates) fosse incluído no SUS. Segundo ela, depois de emitir a sua opinião, o médico teria ficado exaltado, perguntando, em um tom de voz mais alto, se ela era de "outro planeta" por achar que o SUS iria mudar alguma coisa por causa dela.
"Eu interrompi e disse que ele deveria ter humildade para ouvir as pessoas, sabedoria e conhecimento para saber a real situação de cada um, para pedir exames e diagnosticar", relembrou. A partir daí, segundo Silvana, teve início uma discussão. Uma testemunha, que pediu para não revelar o nome, garantiu que o médico expulsou a paciente do consultório e saiu pelos corredores gritando palavrões. "Foi uma cena terrível. Nunca imaginei presenciar algo assim num atendimento público envolvendo a saúde", afirmou.
A Polícia Militar esteve na unidade e registrou um boletim de ocorrência. Em conversa com os militares, o médico garantiu que não desrespeitou a paciente. A reportagem do Super esteve, na tarde de ontem, no Centro de Especialidades Médicas, mas não encontrou o ortopedista. A gerente da unidade, Patrícia Cristina Coelho, informou que foi instaurado um processo administrativo para apurar o que aconteceu. Segundo ela, Lisboa trabalha há pelo menos dez anos no SUS e nunca houve reclamações contra a conduta do profissional. "De qualquer forma, houve uma quebra da relação de paciente e médico que nunca presenciamos em nossa unidade", afirmou.
Conforme a dona de casa Silvana Gonçalves Salviano, de 42 anos, no último dia 10 de fevereiro, ela esteve no consultório do ortopedista Flávio Lisboa, de 38 anos. Ela retornava ao consultório, após um ano e quatro meses, para apresentar um ultrassom do ombro, onde sentia dores devido a uma tendinite. Ela também estava com um eletrograma que indicou uma doença em uma das mãos, conhecida como síndrome do túnel do carpo - quando o nervo que passa no punho fica sob pressão, provocando dormência e formigamento.
"Neste caso, ele (o médico) indicou uma cirurgia. No entanto, como eu fiz pilates, as dores diminuíram, tanto na mão quanto no ombro, e não precisei da intervenção", contou a dona de casa, que chegou a sugerir ao médico que o tratamento (pilates) fosse incluído no SUS. Segundo ela, depois de emitir a sua opinião, o médico teria ficado exaltado, perguntando, em um tom de voz mais alto, se ela era de "outro planeta" por achar que o SUS iria mudar alguma coisa por causa dela.
"Eu interrompi e disse que ele deveria ter humildade para ouvir as pessoas, sabedoria e conhecimento para saber a real situação de cada um, para pedir exames e diagnosticar", relembrou. A partir daí, segundo Silvana, teve início uma discussão. Uma testemunha, que pediu para não revelar o nome, garantiu que o médico expulsou a paciente do consultório e saiu pelos corredores gritando palavrões. "Foi uma cena terrível. Nunca imaginei presenciar algo assim num atendimento público envolvendo a saúde", afirmou.
A Polícia Militar esteve na unidade e registrou um boletim de ocorrência. Em conversa com os militares, o médico garantiu que não desrespeitou a paciente. A reportagem do Super esteve, na tarde de ontem, no Centro de Especialidades Médicas, mas não encontrou o ortopedista. A gerente da unidade, Patrícia Cristina Coelho, informou que foi instaurado um processo administrativo para apurar o que aconteceu. Segundo ela, Lisboa trabalha há pelo menos dez anos no SUS e nunca houve reclamações contra a conduta do profissional. "De qualquer forma, houve uma quebra da relação de paciente e médico que nunca presenciamos em nossa unidade", afirmou.
Desavença desde 2010
A briga envolvendo a dona de casa e o ortopedista teria começado na primeira consulta, em novembro de 2010. Na ocasião, Silvava Gonçalves procurou o médico sentindo dores no ombro e na mão direita, precisando de um pedido de ultrassonografia para ambos. "Ele levantou, bateu as mãos sobre a mesa e, gritando, me disse que ele era o médico e que pediria o exame que bem entendesse", afirmou a dona de casa. Segundo ela, na ocasião, não apresentou nenhuma reclamação contra o médico porque pensava que ele estava "em um dia ruim". Desta vez, viu que o problema não é de humor.
Fonte: Super.
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