Comandante nega abandono de navio
MP e promotoria italiana pedem manutenção da ordem de prisão contra Francesco Schettino
AFP PHOTO / FILIPPO MONTEFORTE
Naufrágio do Costa Concordia aconteceu na sexta-feira (13), na costa italiana
GROSSETO - O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, negou ter abandonado o cruzeiro que naufragou na sexta-feira (13), e afirmou ter "salvado milhares de vidas", declarou nesta terça-feira (17), na prisão de Grosseto (centro da Itália) seu advogado, Bruno Leporatti.
O Ministério Público de Grosseto pediu ao juiz do tribunal que mantenha a detenção do comandante, preso desde a catástrofe por homicídio múltiplo por imprudência, naufrágio e abandono de navio. "Ele declarou aos magistrados-investigadores que não abandonou o navio e que ele salvou milhares de vidas", disse Leporatti.
A promotoria italiana solicitou nesta terça-feira ao tribunal de Grosseto (centro) que mantenha a ordem de prisão para o capitão, informou o procurador Francesco Verusio. "Pedimos aos juízes que confirmem a ordem de detenção", declarou Verusio, que acusa o oficial de ter cometido "erros" na trajetória da rota e durante a evacuação de emergência.
Verusio interrogou nesta terça-feira, durante mais de três horas, o comandante do cruzeiro, Francesco Schettino, de 52 anos, acusado de homicídio múltiplo, naufrágio e abandono do navio. O oficial corre risco de ser condenado a penas de até 12 anos de prisão.
O diretor executivo da companhia proprietária do navio, Pierluigi Foschi, afirmou na segunda-feira que é indiscutível que houve "falha humana" no acidente, apesar de esclarecer que a empresa prestará apoio jurídico ao oficial. "A companhia também tem a obrigação de proteger seus 24.000 empregados", explicou.
Numerosas testemunhas e oficiais da guarda costeira destacaram também que o barco navegava muito perto da costa, fazendo uma manobra chamada "inchino" (reverência em italiano), com todas as luzes e sirenes ligadas, para saudar os 800 habitantes.
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- Fonte: Hoje em Dia.
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