Esposas, filhas, irmãs de militares e bombeiros partiram em caminhada pelas ruas da capital
Mulheres unidas jamais serão vencidas. Queremos melhorias salariais de nossos maridos. Com este grito de guerra mulheres de militares e bombeiros percorreram um longo caminho que partiu da Assembléia Legislativa e terminou no Palácio dos Leões, no fim da tarde de ontem.
De cara pintada, com faixas e apitos, as mulheres, sem deixar a feminilidade de lado, demonstraram coragem ao encarar mais de 8km empunhando as bandeiras do Maranhão e do Brasil. Meu marido outros militares merecem ter as reivindicações atendidas, essa é uma luta antiga da categoriaD, afirmou Lucélia Cardoso, mulher de militar.
A passeata das esposas do militares e bombeiros retornou à Assembléia, onde os maridos as aguardavam com entusiasmo. "Consegui botar minha mulher para participar de uma passeata", disse Cabo Campos, um dos articuladores do movimento.
Com relação a presença do Exército, o coronel Medeiros Filho conversou com militares a fim de convencê-los a suspender a paralisação para negociar com o governo. Segundo Medeiros, esta será a melhor forma de evitar um confronto maior e não prejudicar ainda mais a sociedade. É melhor a categoria ceder este pedido do Executivo para que as negociações avancem, mas compreendo as reivindicações das categorias, afirmou o coronel.
Ao ser questionado sobre a exibição diária de armamentos pesados em ruas da capital, Coronel Medeiros disse que não será utilizado nenhum fuzil, somente se houver algum ataque contra as tropas.
Não pregamos a força brutal, vamos suprir as necessidades de segurança da população da melhor forma, com a mão amiga e não com braço forte, explicou Medeiros.
Quanto à intervenção federal no estado, Medeiros afirmou que não cabe ao Exército tal função, e sim apenas manter a ordem e segurança da população. Intervenção federal não é o caso de nossas tropas, queremos somente minimizar a carência dos ludovicenses no quesito segurança.
Polícia Civil do MA decreta greve e aprofunda crise na segurança
A Polícia Civil do Maranhão decidiu na noite desta segunda-feira, em assembleia, decretar uma greve por tempo indeterminado a partir de amanhã. Será a quarta categoria de profissionais da segurança pública a parar no Estado.
Prisão de PMs grevistas no Maranhão é improcedente, diz auditor
PMs em greve invadem Assembleia e mantêm vigília no Maranhão
Após a assembleia, os policiais seguiram em passeata, pelas ruas de São Luís, até a Assembleia Legislativa do Estado, onde policiais militares e bombeiros estão acampados.
PMs, delegados da Polícia Civil e bombeiros estão em greve desde a semana passada.
O policiamento das ruas da capital do Estado e das principais cidades do interior está sendo reforçado por homens da Força Nacional de Segurança e por soldados do Exército.
Os policiais civis reivindicam a abertura das negociações com o governo do Estado para um novo plano de cargos e salários para a categoria. De acordo com os policiais civis, em abril foi acordado com o governo a criação de uma comissão para discutir o assunto.
Os policiais civis estão solidários às reivindicações dos policiais militares e bombeiros, que pedem reajuste de 30%.
Segundo lideranças do movimento, metade dos policiais civis vão manter as atividades a partir de amanhã para atender casos urgentes e flagrantes.
Metade dos delegados da Polícia Civil também estão trabalhando. Eles reivindicam do governo o envio de uma proposta de emenda constitucional para a Assembleia Legislativa reconhecendo o cargo como sendo carreira jurídica.
O governo do Estado disse que está em estudo uma proposta de plano de carreira e realinhamento salarial para todo o funcionalismo, entre eles os policias civis e militares e os bombeiros. A proposta reivindicada pelos delegados, segundo a assessoria de comunicação do governo, já foi enviada à Assembleia. Fonte: Folha.com (SÍLVIA FREIRE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário