terça-feira, 31 de outubro de 2017

Ataque a agentes penitenciários da Nelson Hungria pode ter sido ordenado por facção paulista

Por Redação , 31/10/2017 às 10:36 
atualizado em: 31/10/2017 às 12:18

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ataque a agentes penitenciários ocorrido na manhã desta terça-feira pode ter sido ordenado pela facção criminosa PCC, de São Paulo. Dois agentes foram baleados quando chegavam ao trabalho na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Um adolescente de 13 anos que passava pelo local no momento do crime foi atingido.
Mensagens interceptadas no celular de um preso que seria integrante da facção mostram ordens para atacar agentes penitenciários. A Polícia Civil vai investigar e confirmar ou não a informação.
“Uma dessas vítimas foi ameaçada diretamente por um preso do presídio. Esse preso seria do PCC. Os outros agentes penitenciários também repassaram informações de que constantemente estão recebendo ameaça dessas facções”, afirma o tenente Valter Teodoro, do 18º Batalhão.
Após o atentado, agentes penitenciários paralisaram as atividades na Nelson Hungria, o que também pode ocorrer em outras unidades, segundo o presidente do sindicato da categoria, Adeilton Souza.
“Há mais de dois anos o sindicato já tinha denunciando atentados contra agentes penitenciários no Triângulo Mineiro. Todos os secretários, desde 2005, e o novo secretário, foram avisados, e nada foi feito. A secretaria agiu como se fosse mentira do sindicato ou como se nada estivesse acontecendo”, declarou o sindicalista.
Souza também relata que os servidores da categoria têm trabalhado em condições classificadas por ele como desumanas. “Sem folgas compensativas, equipamentos de proteção, munição, veículos com defeitos, unidades superlotadas, unidades com déficit de agente penitenciário, unidades que são verdadeiros calabouços, imundas, cheias de doenças. E nada tem sido feito”, denunciou.
Visitas suspensas
O Secretário de Estado de Administração Prisional, Francisco Kupidlowski, suspendeu até a próxima segunda-feira (6) as visitas aos presos da Nelson Hungria. Em mensagem aos servidores do sistema prisional, Kupidlowski pede atenção redobrada durante o deslocamento para o trabalho.
“Não admitiremos atentados contra os nossos servidores em Minas Gerais. Não admitiremos afronta ao sistema prisional. Solicito a todos servidores que redobrem as atenções nos deslocamentos e no interior das unidades prisionais”, disse o secretário.
Discordância
O advogado da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Minas Gerais (OAB-MG), Fábio Piló, contesta a decisão de impedir as visitas. “A medida correta seria apurar, primeiro, de onde saiu essa determinação [de cometer o atentado], que pode ter ocorrido dentro da unidade como pode não ter ocorrido lá. Independente se foi de lá ou não, suspender a visitação de mais de 2 mil pessoas não é a melhor medida”, comentou.
Fora de perigo
Os três baleados foram socorridos e não correm risco de morrer. O agente Natan Gomes da Silva foi atingido na barriga e na perna esquerda. Já Élber Vasconcelos Xavier levou nove tiros: um no rosto (raspão), cinco na perna esquerda, dois na perna direita e um na barriga. O adolescente, que ia para a escola, foi atingido por dois disparos no pé.
Os criminosos estavam em um veículo Saveiro vermelho e fugiram pelo condomínio Nosso Rancho e pela BR-040, em direção a Ribeirão das Neves.
Fonte: Itatiaia.

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