PEDRO FERREIRA
A Polícia Militar (PM) de Minas começa a testar três novos
modelos de farda a partir da próxima segunda-feira (2). Batalhões do
interior receberam 600 conjuntos para testes durante seis meses e os
militares vão fazer a avaliação, emitir relatórios e sugestões. Se
aprovado, o fardamento atual, que há mais de 30 anos não sofre grandes
alterações, será extinto. Um dos modelos é de dry fit, tecido sintético
composto por substâncias como poliéster, poliamida e elastano, que não
absorve o suor. A cor cáqui será mantida.
De acordo com o subcomandante-geral da PM, coronel André
Leão, a “nova pele” da corporação vai trazer mais conforto para os
policiais na execução do seu trabalho.
O segundo modelo de farda a ser tetado é de mangas
compridas. Tem, ainda, uma gandola, espécie de blusão para fora da
calça, também de mangas longas, como as que os militares dos batalhões
de Choque e da Rotam usam.
Um novo boné também será testado. A atual boina, que apesar
de grande parte da tropa gostar, segundo o coronel, não protege os PMs
do sol e nem têm a ostensividade necessária.
A calça muda pouco. Os elásticos externos passam a ser
internos e podem aumentar em até dois números. Os bolsos serão mais
largos. O coturno continua o mesmo. Já os coldres, com modelos mais
ergonômicos para cintura e perna, serão em polímetro, material que
prende mais a arma e não a deixa cair. A capa do colete permanece na cor
preta, mas com opção de colocar mais objetos.
Outra grande mudança é que as divisas de braço, tarjetas
que representam a hierarquia militar, serão extintas. Serão usadas
apenas na lapela. “Hoje existe apenas um modelo de farda operacional
para o todo estado e Minas Gerais é muito grande, com características e
climas diferentes. O policial poderá escolher a farda que melhor adeque à
sua região”, disse o coronel, que usava umas camisas, tipo polo, com um
pequeno zíper no peito. “Foi aprovada por especialistas da área”,
comentou o coronel.
“Tenho 30 anos na PM e há 30 anos a atual farda já era
usada. Alterou-se um pouco o tecido, um detalhe ou outro, mas
basicamente é a mesma coisa há 30 anos”, disse.
Segundo o coronel, a mudança não vai gerar custos
adicionais para o Estado, pois todo mês de maio os militares recebem
abono fardamento, que corresponde a um terço do vencimento do militar,
para comprar as fardas. “A previsão é que, a partir de maio do ano que
vem, a nova já estará sendo usada em todo o estado”, disse o coronel.
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