Capital registra média de oito roubos por dia; dois a mais que em 2012
JOANA SUAREZ
FOTO: RODRIGO LIMA
Ação. Criminosos foram detidos depois que vizinha percebeu movimentação estranha e chamou a PM
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O
bairro Belvedere, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi palco
ontem de mais um assalto à residência. Três criminosos foram detidos, na
manhã de ontem, enquanto praticavam o terceiro roubo do dia. Os crimes
entram agora para a estatística que dá respaldo ao medo relatado por
quem vive na capital. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social
(Seds), entre janeiro e fevereiro, foram 475 imóveis roubados na cidade -
quase oito por dia. No ano passado, 2.293 residências foram furtadas,
mais de seis todos os dias.
Frederico Martins, 27, Fernando Oliveira, 29, e Thiago Silva Santos, 21, foram presos enquanto assaltavam uma casa no Belvedere. Eles invadiram o local após render um morador. O homem, um norte-americano de 72 anos, chegou a ter a orelha apertada com um alicate por não entregar a chave do cofre. Nervoso, ele não conseguia entender o que os ladrões diziam. "Ameaçaram meu padrasto, prensaram a orelha dele, deram coronhadas. Não sei o que fazer", disse o médico Rafael Santos, 31.
Os bandidos foram presos depois que pelo menos três pessoas chamaram a polícia. Antes de invadirem a casa onde foram detidos, eles haviam assaltado um prédio no bairro Santa Lúcia e outra casa no Belvedere. Violentos, eles torturavam e ameaçam as vítimas. "Mandaram eu tirar a roupa e disseram que iam enfiar a arma em mim, me matar e me torturar", contou uma arquiteta de 37 anos, vítima do segundo assalto, no Belvedere. Esse foi o terceiro roubo à casa dela em menos de um ano. No Santa Lúcia, os bandidos fugiram quando o alarme seria disparado.
Um helicóptero e 15 viaturas participaram da ação. Os criminosos foram reconhecidos por pelo menos outras dez vítimas, em bairros como Sion e Santa Lúcia, na região Centro-Sul, e Castelo e Bandeirantes, na Pampulha, além do Camargos, na Noroeste.
Insegurança. Mesmo com todo o aparato de segurança privada, a população se sente desprotegida. "Vvivo com medo", disse uma vítima.
Para o sociólogo Moisés Gonçalves, falta prevenção. "A sequência de torturas poderia ter sido evitada se eles tivessem sido identificados antes".
Frederico Martins, 27, Fernando Oliveira, 29, e Thiago Silva Santos, 21, foram presos enquanto assaltavam uma casa no Belvedere. Eles invadiram o local após render um morador. O homem, um norte-americano de 72 anos, chegou a ter a orelha apertada com um alicate por não entregar a chave do cofre. Nervoso, ele não conseguia entender o que os ladrões diziam. "Ameaçaram meu padrasto, prensaram a orelha dele, deram coronhadas. Não sei o que fazer", disse o médico Rafael Santos, 31.
Os bandidos foram presos depois que pelo menos três pessoas chamaram a polícia. Antes de invadirem a casa onde foram detidos, eles haviam assaltado um prédio no bairro Santa Lúcia e outra casa no Belvedere. Violentos, eles torturavam e ameaçam as vítimas. "Mandaram eu tirar a roupa e disseram que iam enfiar a arma em mim, me matar e me torturar", contou uma arquiteta de 37 anos, vítima do segundo assalto, no Belvedere. Esse foi o terceiro roubo à casa dela em menos de um ano. No Santa Lúcia, os bandidos fugiram quando o alarme seria disparado.
Um helicóptero e 15 viaturas participaram da ação. Os criminosos foram reconhecidos por pelo menos outras dez vítimas, em bairros como Sion e Santa Lúcia, na região Centro-Sul, e Castelo e Bandeirantes, na Pampulha, além do Camargos, na Noroeste.
Insegurança. Mesmo com todo o aparato de segurança privada, a população se sente desprotegida. "Vvivo com medo", disse uma vítima.
Para o sociólogo Moisés Gonçalves, falta prevenção. "A sequência de torturas poderia ter sido evitada se eles tivessem sido identificados antes".
Crueldade
VÃtimas choram e tremem durante reconhecimento
Os
criminosos presos ontem agiam com crueldade ao assaltar e render os
moradores. Segundo relatos das vÃtimas, eles faziam ameaças sexuais,
davam coronhadas, colocavam armas na boca das vÃtimas e falavam
palavrões. Em uma das casas, eles picharam na parede que a polÃcia
jamais os prenderia.
VÃtimas que foram ontem à delegacia para fazer o reconhecimento dos criminosos saÃam chorando e tremendo. âGraças a Deus eles estão presos e vão pagar por tudo que fizeram. Foi uma tortura psicológica muito forte, que eu nunca vou esquecerâ, contou uma engenheira de 28 anos que mora em um dos 22 apartamentos assaltados de uma só vez em um prédio do bairro Castelo, na Pampulha, onde mora o jogador do Atlético, Leandro Donizete.
No último sábado, uma comerciante de 47 anos foi alvo da mesma quadrilha. âApanhei até entrar em casa. Fizeram xixi na minha cama, tentaram estuprar minha filha de 17 anosâ. (JS)
VÃtimas que foram ontem à delegacia para fazer o reconhecimento dos criminosos saÃam chorando e tremendo. âGraças a Deus eles estão presos e vão pagar por tudo que fizeram. Foi uma tortura psicológica muito forte, que eu nunca vou esquecerâ, contou uma engenheira de 28 anos que mora em um dos 22 apartamentos assaltados de uma só vez em um prédio do bairro Castelo, na Pampulha, onde mora o jogador do Atlético, Leandro Donizete.
No último sábado, uma comerciante de 47 anos foi alvo da mesma quadrilha. âApanhei até entrar em casa. Fizeram xixi na minha cama, tentaram estuprar minha filha de 17 anosâ. (JS)
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