sexta-feira, 28 de abril de 2017

Confira o que deve parar nesta sexta-feira em BH


Ato contra as reformas da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização foi convocado pelas centrais sindicais. Manifestação vai passar por vias da capital

postado em 27/04/2017 20:49 / atualizado em 27/04/2017 22:30
Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press

Belo Horizonte promete parar e aderir à greve geral marcada para esta sexta-feira contra as reformas da Previdência, trabalhista e a Lei da Terceirização, mas só saberá o alcance das paralisações na hora “H”. Isso porque, diante da decisão dos metroviários e rodoviários de não cumprir escala mínima, não se sabe quem conseguirá chegar ao trabalho, mesmo depois de muitos órgãos públicos e empresas terem decidido buscar funcionários em casa – caso de unidades de saúde da Prefeitura de BH e da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig). Nas escolas, a paralisação é certa nas redes estadual e municipal. Nas particulares, o sindicato da categoria afirma que a adesão também será maciça.
Os dois sindicatos das empresas de ônibus que fazem o serviço de transporte público em Belo Horizonte e na Grande BH conseguiram uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) que obriga os rodoviários a manter uma escala mínima de 80% durante os horários de pico, sob pena de multa de R$ 80 mil. Mas o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Belo Horizonte e Região Metropolitana informou que vai manter a greve geral. Os trabalhadores prometem ficar na porta das garagens para impedir a saída dos coletivos. Os metroviários também decidiram não cumprir a escala de 80% determinada pela Justiça e podem pagar multa de RS 250 mil.

Diante disso, outros serviços serão impactados, seja pela adesão à paralisação, seja pela impossibilidade de chegar ao trabalho. O transporte tem sido ainda o balizador de outras categorias para definirem suas ações hoje. Na Fhemig, a chamada é para a greve, com atendimento mínimo. Mas os servidores só definirão a porcentagem da escala em assembleia, às 9h, na porta do Pronto-Socorro João XXIII. “Temos que considerar quem conseguirá chegar. A presidência da fundação soltou nota pedindo os endereços de quem está de plantão para buscar em casa, mas não sabemos como conseguirão pegar todos os funcionários de várias unidades. Como não sabemos se a Fhemig conseguirá trazer a quantidade mínima de pessoas para trabalhar, vamos definir amanhã (hoje), pois não vamos também deixar a população sem assistência”, afirma a diretora do Sindicato dos Trabalhadores da Fhemig (Asthemg), Juliana de Alcântara.

A Prefeitura de BH informou que o funcionamento de serviços e equipamentos municipais será normal, não tendo sido decretado ponto facultativo. O sindicato dos professores municipais (Sind-Rede) informou, porém, que as cerca de 340 escolas e unidades municipais de educação infantil (Umeis) não funcionarão. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindibel) também afirma que a maioria dos servidores vai cruzar os braços. Centros de saúde, segundo a categoria, não abrirão.

Algumas unidades de pronto-atendimento (UPAs), entre elas, a da Pampulha, funcionarão com escala mínima. “Alguns gestores estão fazendo um sistema preventivo e pondo Kombi para buscar os servidores em casa. No Odilon Behrens isso vai ocorrer”, afirma a diretora do Sindibel Cleide de Oliveira. Segundo ela, os servidores públicos da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) também vão parar. Na Fundação Zoo-Botânica será disponibilizado veículo para buscar funcionários responsáveis por tratar dos animais.
Escolas

Os professores do estado também não trabalham. Na rede particular, colégios divulgaram carta aberta aos pais apoiando a greve, caso do Santo Agostinho, na Região Centro-Sul de BH. Citando uma frase de Santo Agostinho, o documento diz que “A esperança tem duas filhas lindas: a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”. Na Rede Coleguium, onde também não haverá aulas, o tema foi tratado em sala de aula. “Queremos que os meninos entendam e critiquem, com o apoio da família, o contexto do país. A orientação aos professores é de dar informações e não conclusões. Há docentes favoráveis e contra as reformas. O importante é estabelecer uma reflexão com os alunos”, afirma a supervisora de ética, filosofia e sociologia, Juliana Tauil Tavares.
Cultura
Em Belo Horizonte, alguns eventos culturais foram cancelados ou adiados. A apresentação do Quinteto Lund no Conservatório UFMG foi adiada para a próxima sexta-feira. No Teatro Marília, a sessão da peça Infiltradxs foi cancelada e só será encenada amanhã, às 20h, e domingo, às 19h. A programação do La Movida Microteatro Bar também foi suspensa. O estabelecimento afirmou, por meio de nota, que decidiu apoiar as manifestações da greve geral e que voltará a funcionar normalmente amanhã e domingo.

Como deve ser a adesão na capital mineira

Metrô
– Não funciona
Ônibus – Não funciona
Postos de saúde – Fechados
UPAs – Funcionam com escala mínima
Hospitais da Rede Fhemig – Funcionam com escala mínima
Hospital Odilon Behrens – Funciona com escala mínima
Escolas municipais e Umeis – Fechadas
Escolas estaduais – Fechadas
Escolas particulares – Muitas não funcionarão
Cemig – Servidores não trabalham
Copasa – Servidores não trabalham
UFMG – Técnicos-administrativos não trabalham Cefet – Técnicos-administrativos não trabalham
Bancos – Fechados
FONTE: CUT-MG e Sindibel


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