MPF e MPES haviam pedido o retorno das tropas às ruas.
Órgão ainda não receberam resposta da Sesp.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues,
ordenou que todos os policiais foram escalados para irem às ruas a
partir desta terça-feira (7). “Os policiais devem comparecer diretamente
aos seus locais de serviço”, disse.
O Espírito Santo está sem a PM nas ruas porque protestos de familiares dos policiais bloqueiam as saídas dos batalhões.
As famílias pedem reajuste salarial para a categoria, que é proibida de
fazer greve. O estado diz que não tem caixa para bancar o reajuste. E,
nesse impasse, está a população que, desde sábado (4), vive uma onda de violência com mortes, saques e assaltos.
Na segunda-feira (6), o Ministério Público estadual notificou o
comantande geral da Polícia Militar e o comando geral do Corpo de
Bombeiros Militar para colocarem imediatamente a tropa na rua e
restabelecer a ordem pública.
O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) enviou, também
na segunda-feira, um ofício ao secretário de estadual de Segurança
Pública, André Garcia, requisitando informações sobre a paralisação dos
policiais militares para saber se havia determinação direta para que as
tropas retomassem às ruas.
Até o momento o MPF/ES não foi informado sobre a ordem dada pelo
comandante geral da PM. O prazo para a resposta vence no fim da tarde
desta terça-feira.
Segundo o coronel, atualmente há 500 policiais, 250 homens do Exército e
200 homens da Força Nacional nas ruas. Ainda hoje, devem chegar mais
750 militares para fazer a segurança no estado.
Além dos policiais que já faziam o policiamento nas ruas, o comantande
disse que os policiais em funções administrativas também vão fazer o
policiamento ostensivo.
Essa foi a primeira ordem do comandante no cargo, que foi repassada aos
batalhões e companhias da PM por escrito, segundo ele. Os policiais que
descumprirem a ordem serão investigados.
Quanto ao movimento instalado na frente dos batalhões, o coronel
classificou como irresponsável e disse que não será necessária nenhuma
intervenção.
“A população está desassistida, alguns policiais estão fazendo esse movimento de maneira equivocada. Não teremos mais policiais dentro dos quartéis. Essas senhoras estarão ali, mas os policiais vão estar nas ruas”, disse.
“A população está desassistida, alguns policiais estão fazendo esse movimento de maneira equivocada. Não teremos mais policiais dentro dos quartéis. Essas senhoras estarão ali, mas os policiais vão estar nas ruas”, disse.
O secretário de Segurança, André Garcia, disse que a Sesp ainda não tem
um balanço dos crimes que aconteceram e que a prioridade é garantir a
segurança da população. Garcia fala que os manifestantes estão sendo
identificados e serão responsabilizados.
“Nós vamos fazer esse balanço e ele vai ser creditado a cada um dos responsáveis por esse movimento. Cada uma dessas mortes, cada um desses assaltos, cada um desses transtornos, e essa sensação de insegurança causada por um movimento irresponsável que trouxe o caos e tentou deixar refém a sociedade de uma questão corporativa”, declarou.
“Nós vamos fazer esse balanço e ele vai ser creditado a cada um dos responsáveis por esse movimento. Cada uma dessas mortes, cada um desses assaltos, cada um desses transtornos, e essa sensação de insegurança causada por um movimento irresponsável que trouxe o caos e tentou deixar refém a sociedade de uma questão corporativa”, declarou.
Entenda a crise na segurança no ES
– Os PMs reivindicam aumento nos salários, pagamento de benefícios e adicionais e criticam as más condições de trabalho.
– Como os PMs não podem fazer greve, as famílias foram para a frente dos batalhões para impedir a saída das viaturas policiais.
– O bloqueio começou no sábado (4) e atinge a Grande Vitória e cidades como Linhares, Aracruz, Colatina, Cachoeiro de Itapemirim e Piúma.
– Desde então, a Grande Vitória registrou 75 mortes violentas, ante 4
em todo o mês de janeiro, segundo o sindicato da Polícia Civil.
– Escolas, postos de saúde e parte do comércio estão fechados desde
segunda-feira (6), quando ônibus também pararam de circular. Os
coletivos voltaram a rodar na manhã desta terça (7), mas serão
recolhidos novamente às 19h.
– 1.000 homens das Forças Armadas fazem policiamento na Grande Vitória
desde segunda; 200 integrantes da Força Nacional começam a atuar nesta
terça.
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