O Governo de Minas confirmou nessa segunda-feira o
número oficial de servidores desligados pela queda da Lei 100,
considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em
2007, eles foram contratados sem concurso, durante a gestão de Aécio
Neves. A maioria trabalhava no setor de educação.
No total, foram
desligados 57.931 servidores e não 67.221, como havia sido divulgado
anteriormente. A confusão nos números ocorreu porque, segundo o estado,
alguns funcionários tinham dois ou três cargos.
Dentre os quase
58 mil ex-efetivados, 2.004 estavam de licença e 9.934 pedidos de
aposentadorias aguardam resposta. As mulheres grávidas e as com
licença-maternidade terão todos os direitos garantidos, segundo o
estado.
Agora, os servidores desligados estão em busca de um
projeto de estabilidade, que garanta pelo menos a permanência deles nas
escolas que trabalhavam e a continuidade da assistência de saúde pelo
Ipsemg.
Servidora desligada pela Lei 100, a professora Maria
Angélica Rocha, que trabalhava na Escola Estadual Britaldo Soares
Ferreira Diniz, em Belo Horizonte, diz que a instituição vai
praticamente parar caso o panorama não se altere. “Simplesmente a escola
não funciona, porque 80% dos funcionários da escola são da Lei 100.
Então, se a gente não conseguir essa vaga para a gente começar a
trabalhar a escola vai parar, não vai ter como ter aula”, lamentou.
O
diretor de Comunicação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação
(Sind-UTE/MG), Paulo Henrique Fonseca, afirma que vai tentar uma
negociação com o governo do estado sobre os servidores desligados. “Nós
temos o entendimento jurídico que é irreversível, é uma decisão na
última instância. Estamos ao lado de todos os trabalhadores da educação e
lutando para que qualquer tipo de vínculo precário seja substituído por
um vínculo permanente, por um concurso público. Nós nos colocamos à
disposição de atender todos os trabalhadores de educação, esclarecer as
dúvidas e buscar conjuntamente a melhor solução”, ponderou.
O Governo de Minas garantiu à Itatiaia que estes servidores da Lei 100 terão prioridade em futuras contratações no Estado.
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Governo de Minas confirma demissão de 58 mil funcionários por causa da Lei 100Fonte: Itatiaia.
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